NEUROSE NA TEORIA PSICANALÍTICA

Direto ao ponto: o que é uma neurose?

Você já deve ter ouvido alguém falar “é uma neura minha”. Popularmente, a palavra neura é usada para classificar um comportamento ou problema atípico. Por exemplo, pessoas que são impecáveis na organização ou que se preocupem demais com afazeres diários e profissionais.

Embora o conceito de “neura” utilizado pelas pessoas no dia a dia não esteja totalmente alinhado com as definições da psicanálise, um fator está totalmente correto em ambos: a preocupação excessiva.

Quando imersa nesse quadro a pessoa reage de forma incontrolável diante de determinadas situações e apesar de não perder o vínculo com a realidade, não consegue controlar a intensidade de seus atos, nem atuar de forma menos impulsiva.

Quais são as causas das neuroses?

Não há um fato único que possa ser apontado como causa das neuroses. O que se tem por estabelecido é que elas são distúrbios do desenvolvimento da personalidade que se iniciam ainda na infância muito precoce, embora as influências nas atitudes e comportamentos sejam detectadas mais tarde.

Entende-se também que possivelmente haja a participação de fatores hereditários, mesmo que ainda hoje seja difícil determiná-los precisamente pelos meios científicos disponíveis.

Sobre a sua origem, ao longo da história foram levantadas diversas hipóteses. Freud, por exemplo, através dos seus atendimentos observou que a neurose surgia de um conflito entre o ID, EGO e o SUPEREGO.

Ou seja, o nosso eu, a nossa personalidade, sendo impactada por conta do enfrentamento de um verdadeiro duelo com as investidas impulsivas do ID ou contra as censuras impostas pelo SUPEREGO.

Outra teoria desenvolvida pelo pai da psicanálise (Sigmund Freud) estabelece que a matéria prima que constitui uma neurose está relacionada a conflitos psíquicos recalcados no inconsciente, por conta dos mecanismos de defesa do EGO para se proteger de situações, memórias e ou sentimentos indesejáveis.

Quais os sintomas da neurose?

Os sintomas variam de pessoa a pessoa, mas normalmente estão ligados ao excessivo e incontrolável.

Neste caso é comum a manifestação de medo frente a situações corriqueiras, preocupação constante, alterações de humor, fobias diversas, traços histéricos, medo de ir a determinados lugares, entre outros.

Uma pessoa neurótica passa a ter reações e comportamentos diferentes: fica muito ansiosa, evita sair de casa para ir a determinados lugares, tem medo de certas situações, imagina situações que pode fazer mal, fica deprimida mais facilmente, são pessoas mais preocupadas.

Em outras palavras, as neuroses levam uma pessoa a experimentar sentimentos e reações motoras incomuns e/ou incontroláveis, com perfeita conservação do juízo de realidade. Isto quer dizer que uma pessoa neurótica percebe e julga a realidade como todo mundo, mas reage a ela de forma diferente.

Se olharmos com atenção veremos que uma pessoa neurótica sente tudo o que uma pessoa “normal” sente no seu dia a dia, porém, diante de determinas situações, sente com mais intensidade.

É algo muito sério e em geral uma pessoa neurótica sabe do seu problema, sofre com isso, no entanto, pelo fato de vivenciar repetidas vezes os sintomas causados pelas neuroses (compulsão a repetição) se sente incapaz de sair desse labirinto sozinha.

Tem algum jeito de eu melhorar rapidamente?

Essa é uma pergunta bastante tênue. Geralmente pensamos o sofrimento psíquico como se fosse uma dor física, acreditando que é possível resolvê-lo rapidamente. O que é um engano. Inclusive, há também dores físicas que não se resolvem facilmente.

Lembramos, ainda, que a melhora não significa que não haverá mais sofrimentos ou dificuldades. O fim de um relacionamento, a perda de um filho, a demissão de um trabalho, uma decisão crucial na vida, os maus tratos familiares ou o abuso sexual, por exemplo, não deixarão de existir como memória após o tratamento.

Eles podem perder ou reduzir o efeito que provocam na pessoa, mas isto não a impedirá de lembrar o que viveu.

Por isso, a resposta é sim, tem jeito de melhorar rapidamente sim, mas ninguém tem controle exato sobe isso, a melhora não é idêntica à todas as pessoas e nem segue necessariamente a forma como gostaríamos e ela também depende da vivência do paciente e de seu envolvimento no tratamento, aspectos esses que são de grande importância.

 

Parabéns, pra você que chegou até aqui! Concluir tarefas, mesmo que seja a leitura de um artigo, demostra atitude e com essa postura você pode começar a trilhar seu caminho para a mudança rumo a grandes conquistas. Acredite mais em você, nas suas próprias forças, nas possibilidades que tem, permita-se nutrir o sentimento de merecimento e desperte o imenso potencial que existe dentro de você.

 

E agora?

Se você sente a necessidade de promover mudanças essenciais na sua vida, temos um caminho onde você pode começar, mas caso diga que agora não é o seu momento, então reflita bem, quando será?

 

Fabiano dos Santos é psicanalista clínico, agente de transformação social e empreendedor, sua especialidade é ajudar pessoas sobre como identificar e tratar conflitos internos (neuroses) para construir uma vida com mais clareza, leveza e satisfação. Por isso criou o Programa “Reflexão Vital”, uma jornada para quem quer sentir o prazer de ver as mudanças acontecendo no seu dia a dia.  

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